As perguntas mais frequentes antes de viajar – parte 1: DINHEIRO

Lembro que uma das minhas maiores angústias em viajar era relacionada ao dinheiro.

Será que vai dar? Vai, vá por mim! Sempre dá. Morrer de fome não se morre nessas viagens. E volto a dizer: não precisa ser rico para viajar. Morar em São Paulo que é caro!

Tem um monte de gente que me pergunta como fizemos com a grana. Aqui vão minhas FAQs. Espero que ajude! 

  1. Como você fez com o dinheiro?

Esse é um dos grandes cuidados que temos que ter. Eu já passei por poucas e boas (clonagem de cartão, roubo, perda, esquecimento) e hoje eu vos digo: carregue tudo quanto é forma de dinheiro possível! 

Depois da mudança de lei no ano passado, infelizmente todas as formas de pagamento no exterior ficaram a mesma coisa.

a. travel card

Eu recomendo muito usar um travel card, primeiro porque ele é um cartão pré-pago e se gasta o que tem. Segundo porque ele vem com dois cartões e duas senhas, te dando muito mais tranquilidade se você perder um. Só não recomendo fazer como eu fiz de comprar um AMEX (a menos que vc vá só pros EUA). Na Ásia tive muita dificuldade de encontrar caixas eletrônicos que aceitavam AMEX (no Camboja, por exemplo, eles fizeram uma transferência via Western Union, mas aí tem que ligar pro Brasil, vai um tempo e grana). Vá de VISA ou MASTER. (detesto fazer propaganda, mas é o jeito aqui).

b. cartão de crédito

Também levo comigo um ou dois cartões de crédito, para emergências. Não esqueça de antes de viajar informar ao seu banco para eles liberarem crédito no exterior… Algumas vezes tentei passar o cartão e não tinha rolado porque o banco suspeitou da transação e não autorizou. Dependendo do banco, tem que avisar a cada 3 meses.

É também a melhor maneira para comprar pela internet (passagens, hotéis), talvez a única que se é aceita, e tem os pontos que se acumula com o cartão. 

Só não recomendo sacar dinheiro porque tem as taxas do cartão, um saco.

c. dinheiro vivo

Também carrego dólares. Tem momentos que é melhor ter essas verdinhas. Em algumas fronteiras, era melhor pagar o visto em dólar do que em moeda local (Laos, por exemplo). Em lugares remotos que não tem nenhum caixa eletrônico para contar história, dólar vira a linguagem universal.  E numa emergência, sempre tem uma casa de câmbio ou alguém para te fazer a troca. 

O que eu costumo fazer é espalhar os dólares na carteira, bolsa, necessaire e pochete interna. Assim, no caso de um assalto, tenho sempre um dinheirinho para uma emergência. Melhor de tudo é quando você esquece esse dinheiro e depois acha! Agora estou rycaaaah!

d. Western Union

Usei esse pela primeira vez na viagem, quando fui assaltada com todos os meus cartões (bem esperta) e precisei de um dinheiro de emergência. 

Foi muito fácil e rápido. Minha mãe foi em uma Western Union no Brasil, levou o dinheiro e deixou lá com meu nome, pasaporte. Após preencher uma ficha, eles te dão um código. Após algumas horas, eu saquei no Camboja o dinheiro com esse código e meu passaporte. Bem eficiente.

O contra: tem uma bela de uma taxa, de acordo com cada país. No meu caso foi cerca de 50 dólares pela transação. Mas é bom saber porque numa necessidade pode te ajudar.

2. Como carregar e guardar a grana?

Quando eu caminhava com o Rob, a gente sempre dividia o dinheiro entre a gente. Por exemplo, ele carregava um cartão e eu, o dinheiro.
Uma vez instalada na cidade, eu não carregava a pochetinha, acho incômodo. Mas ela é essencial para trânsito entre cidades.
Nunca, ao sair, carregue todas as formas de pagamento juntas! Deixe sua grana no hotel/hostel/pousada. A maioria dos hotéis e hostels tinha cofre.
Em campings, bangalôs ou pousadas simples, a gente deixava nossa grana na recepção. E uma graninha na mochila fechada com cadeado.

Outra coisa que é bom tomar cuidado é com as notas, elas são parecidas e com vários zeros. Por exemplo, em Laos e no Vietnã, eles não tem moedas e as notas valem centavos. É normal andar com um bolo de dinheiro. Depois de transitar por diversos países, cada um com sua moeda, a gente perde um pouco a noção do valor. Algumas vezes tive a sensação de dar o valor errado, tipo ao invés de 1 dei uma nota de 10. Atenção! 

3. Quanto vocês gastavam por dia?

PAÍSES BARATOS

No sudeste asiático (Thailandia, Laos, Camboja, Vietnã, Filipinas) era bem barato, a gente gastava cerca de 70 dólares por dia (o casal). Dá pra fazer por menos.

Tipo, tinha dias que resolvíamos comer em um lugar bacana, ou se hospedar em um hotel mais legal… 

As contas eram mais ou menos assim:

hospedagem – De 15 a 30 dólares em hotel (15 dólares era hostel, em quarto de casal – 30 dólares era hotel mesmo, tudo novinho, com café. Hostel em quarto coletivo vai de 4 a 15 dólares)

Alimentação – De 15 a 30 dólares em comida e bebida (dá pra almoçar por 1, 2 dólares em comida de rua, em restaurante normalzinho dá uns 7 dólares – as cervejas são baratas, 1, 2 dólares)

Outros – De 15 a 30 dólares em atrações e locomoção dentro da cidade (museus, templos, táxis, massagens)

Quando queríamos fazer um passeio específico, era mais caro porque era turístico (tipo visitar o rio Mekong com uma agência), tipo uns 40 dólares por dia. Se bem que a gente não fez muito esses tipos de passeios. 

E tinha o dinheiro da locomoção entre cidades. Variava de 10 a 80 dólares (ônibus ou trem). Algumas vezes optamos por avião que dava de 50 a 120 dólares cada, dependendo da cidade. 

Tailândia é o país mais caro, depois vem Vietnã. Laos, Camboja e Filipinas são mais baratos.

baratinho, baratinho...
baratinho, baratinho…
quero gastar!
quero gastar!

PAÍSES CAROS

No Japão e na Austrália, a grana fica mais curta.

A gente gastou mais ou menos 120 dólares por dia (o casal)

Hospedagem – ficamos na maioria das vezes em airbnb. O que dava de 50 a 60 dólares o casal. 

Alimentação – de 10 a 20 dólares por refeição por pessoa. 40 dólares por dia.

Atrações – 20 a 40 dólares cada. Táxi é o olho da cara, pegamos só em emergências ou voltando na madrugada.. 

Uma dica maravilhosa: em Tóquio, quando chegamos, ficamos em um hotel perto do aeroporto (Excell). Os hotéis próximos do aeroporto de Narita são bem mais baratos que os no centro de Tóquio e são ótimos. Os hotéis que ficamos tinha jacuzzi, café, kimono, transporte pro aeroporto por 50 dólares (promoção, mas sempre tem). Vale muito a pena porque quando a gente chega estamos no maior jet lag, ou seja, vale dormir super bem, se assentar e ir pra Tóquio no dia seguinte. Na volta fizemos a mesma coisa, tão boa foi a experiência! 

Na Austrália a gente está alugando casa mas, nos primeiros dias ficamos em airbnb tb e foi muito boa a experiência. Ficamos uma noite em um hotel em Perth e pagamos 150 dólares por um hotel beeeem meia boca, tipo hotel do Breaking Bad.

Algumas vezes na viagem, tentamos pegar um busão `a noite para economizar no hotel. Eu não recomendo, porque não se dorme direito e é meio perigoso pegar estrada zuada no escuro. Minha dica para isso é ir de trem, em cama. 

zueira
zueira

2 comentários em “As perguntas mais frequentes antes de viajar – parte 1: DINHEIRO”

  1. Mari, esse blog esta D+ ! Mtas dicas e aproveitamos para “viajar” um pouquinho com vcs ! Continue firme, forte e conquistando esse mundão ! Bjos e mta saudades

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